quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Panorama da Casa do Baile



Em nossa visita à Casa do Baile, pudemos ter um contato mais íntimo com as magníficas obras de Niemeyer e Burle Marx no conjunto arquitetônico da Pampulha, mas o que muito me chamou a atenção foi o desinteresse da maioria da população belorizontina por esse valioso espaço de convívio público.
Durante pouco anos após sua inauguração (em 1943) a Casa do Baile foi muito frequentada pelos cidadãos de classe média, porém, com o passar do tempo, ela foi sendo deixada de lado e chegou a encerrar suas atividades, em 1948. A partir de então, várias alternativas foram adotadas com o objetivo de revitalizá-la, no que tange a presença mais constante do público, e nenhuma delas deu certo.
No ano de 2002 a Casa do Baile foi reaberta e se vale de seu inestimável valor arquitetônico e artístico para atrair visitantes, em sua maioria estudantes.
Essa ampla presença de alunos de toda a cidade foi o que quis explorar em meu panorama, como forma de fazer uma crítica a nós, cidadãos de Belo Horizonte, que abandonamos um espaço tão reverenciado no mundo todo, e quando o frequentamos se deve apenas ao cumprimento de funções acadêmicas.
Trabalhei com imagens alusivas à vida escolar e optei pela utilizaçao de fotografias em que meus colegas aparecessem para evidenciar esse meu sentimento em relação ao público da Casa do Baile. Quanto às cores da imagem, tornei-a um pouco "desbotada" e "esverdeada" remetendo ao abandono mencionado.

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